segunda-feira, 25 de março de 2013

1ª Reunião de Responsáveis - EI 31

Por Érica de Campos, P.E.I. - EI 31
  Em todas as reuniões eu sempre fico apreensiva, mas nenhuma me deixa mais ansiosa quanto àquela que estabelece o primeiro contato com os responsáveis, pois acredito que é neste momento que acabamos por prever mais ou menos como irão acontecer ao longo do ano as relações, as parcerias entre a família e a escola. Parceria essa que é fundamental para o melhor desenvolvimento da criança.

  Fiquei muito feliz com o comparecimento de um pouco mais da metade dos responsáveis, embora eu tenha sentido falta dos ausentes, os que ali estavam se mostraram bem interessados nos assuntos abordados. Conversamos, esclarecemos as dúvidas e colocamos em pauta todas as situações gerais e após, em particular com quem achou necessário.

 Entre outros assuntos, preferi dar ênfase à conversa sobre autonomia, onde  o incentivo e o elogio são essenciais, pedindo aos responsáveis que dessem continuidade a esse processo em casa, pois muito além do autocuidado, ou seja, ensiná-los a se calçarem, comerem sozinhos, se vestirem ou escovar os dentes e se pentear, exercer/ter autonomia significa construir sua identidade, descobrindo suas vontades para atuar no mundo. E é exatamente na Educação Infantil que os pequenos, socializando de diferentes maneiras, obtém suas primeiras conquistas, progredindo dia-a-dia, vão ganhando confiança em suas capacidades.

  Ao término da reunião, aprendemos um pouco mais com A lição da borboleta.

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo.

Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquela pequena abertura.

Em um determinado momento, pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguiria ir além.

Então, o homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho, pequeno e tinha as asas amassadas.

O homem continuou a observar a borboleta, porque ele esperava que a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo. Mas nada aconteceu!

Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.

O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que a Natureza fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.

Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos. 
Se a Natureza nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ela nos deixaria desprotegidos. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido.
Nós nunca poderíamos voar...



♦ Abaixo, a pauta da reunião:



Que nossa parceria se fortaleça a cada dia!

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